Para onde vai o pneu que você trocou? Se o seu autocentro contribui para a modelo de economia circular, vai longe! A jornada da borracha leva a muitos lugares, da construção civil a calçados.
Com a destinação ambientalmente correta, é possível produzir botas e laminados, além de alimentar fornos de cimenteiras. Até o aço da estrutura do pneu pode ser reaproveitado.
Dessa forma, além de contribuir para resolver o problema da destinação de pneus, a logística reversa valoriza o material, fomentando uma nova cadeia econômica.
O problema do pneu sem gerenciamento
A produção de pneus envolve, segundo o Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), entidade mantida por 15 grandes empresas como Ambev, Coca-Cola e Mercedes-Benz, a energia equivalente a 9,4 litros de petróleo. Em outras palavras, isso significa que quatro automóveis consomem um barril de petróleo para terem seus jogos de pneu. Sem estepe.
Além disso, o tempo médio para um pneu se degradar no meio ambiente é de aproximadamente 600 anos. No Brasil, o descarte inadequado do produto tem um agravante particularmente dramático: o seu interior acumula água e se torna um foco de proliferação do Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue.
Outro problema envolve a queima inapropriada de pneus velhos. Graças à sua composição, queimar pneu libera gases como óxido de enxofre, ácido benzeno e monóxido de carbono, altamente tóxicos.
A importância da economia circular
Entretanto, o gerenciamento ambientalmente adequado de pneus é uma solução para todos esses problemas. Os fornos industriais possuem filtros nas chaminés, coletando os gases antes que eles alcancem a atmosfera. Da mesma forma, o material que ficaria 600 anos inutilizado pode voltar para a cadeia produtiva, se tornando até mesmo componente de asfalto, reencontrando o caminho da estrada.
Só em 2019, o Brasil coletou e destinou corretamente 3,1 milhões de toneladas de pneus, entre os produzidos aqui e os importados. É um excelente número, mas é preciso fazer mais.
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