Apesar da importância insubstituível das florestas no equilíbrio ambiental, principalmente em ciclos de chuva, é nos oceanos que a maior parte do oxigênio consumido pelo planeta é produzida. Quando analisamos os números sobre os oceanos de plástico, fica claro que a Humanidade criou um problema sério para si mesma. Problema que precisa ser solucionado, caso não desejemos encarar as consequências.
Mas como os “oceanos de plástico” refletem no seu dia a dia?
Barato, versátil e tóxico
O plástico é um derivado de petróleo. De produção simples e barata, é uma solução versátil e durável para a indústria. Com plástico, podemos embalar nossos produtos, tornar eletrônicos mais leves e reduzir preços para o consumidor final.
O grande problema está na durabilidade, pois o plástico leva de 500 a mil anos para se degradar. Isso significa que todo o plástico já produzido por nós ainda está vagando pelo planeta. Por ser muito barato produzir, o percentual de plástico reciclado ainda é pequeno. Plástico sem reciclagem, eventualmente, vira lixo. Chegando a alto-mar, todo este plástico está mudando o mundo como o conhecemos.
Com oito milhões de toneladas de plástico anualmente indo parar nos oceano, estamos a caminho de superar a massa de peixes em 2050. Com tanta “oferta” disponível, os animais deste ecossistema, incluindo as aves marinhas, cada vez mais se alimentam de plásticos. Como este material não é digestível, os animais simplesmente morrem de fome.
Microplástico: o maior perigo dos oceanos de plástico
Quando o plástico fica exposto aos raios ultravioleta, se decompõe em partes menores. Quando inferior a cinco milímetros, é chamado de microplástico. Esses resíduos são ainda mais fáceis de serem engolidos por engano pelas formas de vida marinha.
Viajando pela cadeia alimentar, os microplásticos acabam voltando para nós. Seja pela forma mais direta, no consumo de peixes e sal marinho, seja pelas mais inacreditáveis: microplásticos já foram encontrados em mel e cerveja. E o microplástico já está sendo passado para frente, encontrado pela primeira vez em placentas humanas de gestantes saudáveis.
Tamanha ameaça já mobiliza figuras de credibilidade internacional: os Schurmann, famosos pelas expedições marítimas ao redor do mundo, criaram o projeto Voz dos Oceanos para dar visibilidade ao problema.
Como evitar o aumento dos oceanos de plástico
Você pode ajudar a salvar o planeta da poluição plástica. A cidade de São Paulo ataca o problema de frente em 2021, proibindo o fornecimento de descartáveis como copos e canudos em estabelecimentos comerciais. Outra medida é utilizar sacolas de pano em lugar das tradicionais de plástico. E reciclar.
A Mazola Ambiental, empresa certificada ISO 9001 e 14001, que há 30 anos busca as melhores soluções para o nosso planeta, presta serviços de gerenciamento de resíduos, logística reversa e reciclagem com a destinação ambientalmente correta. Preservar o meio ambiente pode ser também uma atividade que gere economia e eficiência!
Para saber mais sobre a importância da preservação da vida marinha, não deixe de ler o nosso artigo sobre a Década do Oceano.
Em meio a uma pandemia, outros assuntos parecem menores. Mas a verdade é que, antes do novo coronavírus colocar o mundo na quarentena, a Humanidade já fazia um “belo” trabalho para colocar o seu futuro em xeque. Desmatamento, queimadas e poluição colocam mais de um milhão de espécies em risco de extinção e, num olhar realista, a nossa é uma delas. A questão marítima é particularmente importante, a ponto da ONU definir a década entre 2021 e 2030 como “a década do oceano”. E há muito o que ser preparado já em 2020.
Entre agosto e outubro de 2019, um vazamento de petróleo cru atingiu mais de dois mil quilômetros nos litorais do Nordeste e Sudeste do Brasil. O maior desastre ambiental registrado no litoral do país retirou mais de mil toneladas de óleo das praias nordestinas. Com os responsáveis ainda não identificados, os danos perdurarão por décadas: a contaminação de corais, mangues, além das mortes de peixes e formas de vida em geral ainda são difíceis de estimar, mas comprometeram a natureza e a economia locais, dando uma dimensão social ao acidente.
Em escala global, outro problema aflige ambientalistas: o plástico, que descartado inadequadamente, desemboca nos oceanos e contamina peixes. Há a previsão, inclusive, de que o peso de plástico nos oceanos do mundo supere o de peixes até o ano de 2050. O documentário “Garbage Island”, produzido pela revista Vice, denuncia que a região do Pacífico Norte conhecida como “Plastic Patch” (“remendo plástico”) contém mil partes de plástico para cada plâncton. Águas com seis partes de plástico por plâncton já são consideradas poluídas. Além de tornar os peixes impróprios para consumo, já que o plástico se acumula no interior dos animais, esta concentração compromete a produção de oxigênio no mar, colocando todo o ecossistema em risco.
O grande desafio dos ambientalistas na “Década do Oceano” é trazer o debate para o dia a dia. As lideranças políticas mundiais precisam tomar decisões, mas é o povo quem deve pressioná-las. A indústria também precisa repensar seus métodos de produção, reduzindo a extração de matérias-primas e aumentando a reciclagem e o upcycling. O consumo sustentável precisa deixar de ser um diferencial para ser a regra.
A escolha para os próximos dez anos é simples: nadar ou afundar.